Para ninguém esquecer: trânsito mata mais do que armas de fogo no DF
Os memoriais de luto espalhados pelas vias alertam sobre a violência no trânsito e a busca por justiça. Na última década, 2.829 pessoas morreram. É como se um avião comercial caísse todos os anos nesse período e ninguém sobrevivesse
Por RWS
Publicado em 27/07/2025 19:16 • Atualizado 27/07/2025 19:24
RWS LEAD-SOBRADINHO

TRECHO PERIGOSO 

Em Sobradinho, 150 passos separam duas cruzes localizadas no km 10, da BR-020. Cravadas à beira da estrada, ambas recordam as vidas de Antônio Marcos dos Santos e Anísio de Oliveira, que tiveram fim em sinistros de trânsito no Distrito Federal. Destas vítimas, pouco se sabe. Sem datas de nascimento ou falecimento nem mensagens fúnebres, resta a quem transita pelo trecho curiosidade e consternação. 

A cruz de Antônio, miúda, é tomada por um matagal e tem aos poucos o nome apagado pelo tempo. A de Anísio está acompanhada de uma bicicleta branca retorcida, com pneus danificados e sem pedais, indicando que o homem morreu sobre duas rodas. Com movimentação constante de pedestres e ciclistas, fluxo intenso de veículos pesados e iluminação insuficiente, o trecho é um dos mais perigosos de todas as BRs que cortam o DF. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, nos últimos cinco anos, 264 sinistros somente neste ponto da BR-20

LEAD RWS - Correio Braziliense

Leia mais em: Na BR-020, em Sobradinho, uma ghost bike retorcida foi instalada

 

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